sábado, 29 de outubro de 2011

The New Daughter (2009)

Após a separação, John James e seus filhos se mudam para um antiga casa nos campos da Carolina do Sul. Louisa, sua filha adolescente, insatisfeita com a mudança, começa a apresentar um comportamento cada vez mais estranho. Preocupado com a filha, John decide pesquisar sobre a história do local e acabando descobrindo um passado assustador.

Logo nos primeiros minutos, com o eterno charlatão Kevin Costner em cena, já começava a suspeitar que originalidade não seria o forte do filme. E não foi diferente. O filme tem todos os clichês de um suspense sobrenatural genérico: o misterioso casarão isolado, o pai solteiro tentando conquistar a confiança dos filhos, as luzes que insistem em falhar nos momentos mais inconvenientes... até mesmo a batida conexão com místicos rituais indígenas. Tudo culminando em um clímax de horror e ação, que você sabe que já viu antes em algum lugar.

Sabendo que este filme foi dirigido por Luiso Berdejo, o roteirista do sensacional [rec], não dá pra evitar a decepção. E também levanta a pergunta de o que faz um filme desses na seleção oficial de Sitges. Se você não for exigente demais e estiver em busca só de uma noite de entretenimento simples, o filme pode agradar, só lembre de deixar o volume bem alto, porque o som das partes de tensão, realmente faz a diferença.

Título em português: Possuída

Direção: Luiso Berdejo
Roteiro: John Travis (baseado em conto de John Connolly)
Elenco: Kevin Costner, Ivana Baquero, Samantha Mathis, Gattlin Griffith, Erik Palladino, Noah Taylor, James Gammon, Sandra Ellis Lafferty, Margaret Anne Florence, Christopher Harvey, Brynn Massey, Martin Thompson.
País: Estados Unidos
Duração: 108 min


Veja o trailer do filme aqui.


Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)


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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

La Casa Muda (2010)

Laura e seu pai, Wilson, são contratados para limpar e consertar uma casa de campo recentemente abandonada para os novos compradores. Porém, barulhos estranhos vindo do andar superior deixam claro que algo de errado está acontecendo lá. Logo, os dois se vêem presos em uma casa que guarda segredos muito mais pessoais do que se imaginava.

Munidos apenas de uma câmera digital e um risível orçamento de 6 mil dólares, os uruguaios responsáveis pela produção do filme se destacaram mundialmente. O filme, que foi exibido até no festival de Cannes, foi filmado em uma única tomada, dando aquele já conhecida estética "Bruxa de Blair". Contudo, ele preza muito mais pelo clima atmosférico de um suspense gradual, do que pelo realismo cru das cenas. Esse é também a única grande crítica ao filme: o ritmo é demasiadamente lento e a trama, apesar de interessante, é bem simples.

Baseado em uma história real - e nunca solucionada, diga-se de passagem - ocorrida no Uruguai dos anos 40, a obra chama a atenção pela beleza técnica de algumas toamdas, rendendo bons sustos nos momentos de tensão. O que aparentemente é apenas mais uma história de assombração, se mistura com um interessante drama pessoal da protagonista. Recomendado para se ver naquela madurgada chuvosa, sozinho em casa.

Título em português: A Casa

Direção: Gustavo Hernández
Roteiro: Oscar Estévez
Elenco: Florencia Colucci, Abel Tripaldi, Gustavo Alonso, María Salazar.
País: Uruguai
Duração: 82 minutos


Veja o trailer do filme aqui.


Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)


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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Kim Bok-Nam Salinsageonui Jeonmal (2010)

("Bedevilled")

Hae-won, uma bem sucedida executiva de Seul, volta à vila onde morou quando pequena. Lá reencontra sua antiga amiga, Kim Bok-nam, que é tratada como um animal pelos homens e anciãs locais. Ha-won, presencia os maus tratos que a companheira sofre, e permanece indiferente à sua dor. Os abusos pioram até a inevitável tragédia acontecer. Então, Kim Bok-nam decide que é hora de dar o troco.

Mais do que um simples conto de vingança, o filme é um manifesto contra a opressão sofrida pelas mulheres, fato ainda mais evidente no oriente. Apesar de ser sua obra de estréia, Chul-soo Jang lida com maestria com o tema. Até pouco mais da metade do filme, nos deparamos não com um filme de horror sangrento, mas sim com um drama, sensível e lento, que vai se intensificando à medida que a violência toma conta das personagens.

A atuação de Yeong-hie Soo também é digna de nota, indo da inocência cômica ao desespero completo. O filme pode não ser o slasher cheio de adrenalina que muitos esperam, mas para quem está aberto a um enfoque mais social ao batido tema de vingança, essa é uma boa pedida.

Direção: Chul-soo Jang
Roteiro: Kwang-young Choi
Elenco: Yeong-hie Soo, Seong-won Ji, Jeong-hak Park, Ji-Eun Lee, Min-ho Hwang, Min Je.
País: Coréia do Sul
Duração: 116 min.


Veja o trailer do filme aqui.


Filme: Parte1 e Parte2
(legendas em português PT-BR inclusas)


OBS: é necessário baixar as duas partes!


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domingo, 9 de outubro de 2011

Kaboom (2010)

Smith, um adolescente que se declara "sexualmente indefinido", passa a maior parte do seu tempo na faculdade, na companhia de sua amiga Stella e seu companheiro de quarto, Thor. Estranhos sonhos começam a atormentá-lo e, ao seu redor, surgem pistas de que algo de muito errado está ocorrendo no campus. Em meio a festas, drogas e muito sexo, Smith se envolve em uma conspiração a nível mundial que pode definir o destino do mundo.

Gregg Araki dirige este aqui e, pra muitos, isso já é informação suficiente para saber o que esperar. Para os mais desavisados, Araki (que também dirigiu Mysterious Skin, Totally Fucked Up e Nowhere) costuma se centrar em temas como liberdade sexual, homossexualismo e no erotismo adolescente em geral. E não é diferente aqui. Usando uma estética bastante colorida e tomadas fechadas, o diretor cria um mundo à parte, onde o clima de filme caseiro fica evidente. E é exatamente aí que está minha maior crítica. O enredo absurdo e os efeitos especiais pra lá de filme-C dão um distindo feeling de filme de sátira, porém de forma tão pouco autoconsciente que o humor se perde na maior parte do tempo.

O ponto em que o filme se sobressai mesmo é no tratamento das relações homossexuais, que Araki expõe com uma naturalidade e desinibição ímpares, muito diferentes do tato excessivo - e muitas vezes hipócrita - de Hollywood. Porém, em certos momentos, parece que a trama principal existe apenas para dar suporte às fantasias homoeróticas do diretor. Em todo caso, é um filme absolutamente incomum, tanto pela estética quanto pelo tema, e é fácil de perceber que não é para todos. Uma mescla improvável entre o sci-fi trash e o universo GLS.

Direção: Gregg Araki
Roteiro: Gregg Araki
Elenco: Thomas Dekker, Haley Bennett, Chris Zylka, Roxane Mesquida, Juno Temple, Andy Fischer-Price, Nicole LaLiberte, Jason Olive, James Duval, Brennan Mejia, Kelly Lynch.
País: EUA e França
Duração: 86 min


Veja o trailer do filme aqui.


Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)



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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Black Death (2010)

No ano de 1348, a peste bubônica arrasava a Inglaterra. Dezenas morriam diariamente em meio à sujeira e pobreza das vilas. Osmund (Eddie Redmayne) é um jovem monge que mantém uma relação amorosa secreta com uma garota fora do monastério. Quando guerreiros, enviados do bispo, aparecem na cidade procurando um guia para levá-los à uma vila de necromantes e bruxas, Osmund vê sua chance de reencontrar sua amada. Porém, acaba envolvido em um confronto violento entre cristãos e pagãos.

Apesar da pretensa ambientação histórica, o filme em nenhum momento passa realmente uma sensação de exatidão quanto a isso. Funciona muito melhor como um pequeno conto de fantasia medieval do que realmente como um drama histórico. Isso não quer dizer que a produção não esteja à altura. A bela fotografia e a violência excessivamente gráfica dos combates, dão credibilidade a obra. Aliás, a presença de Sean Bean parece obrigatória nos filmes do gênero, ultimamente.

A trama, que a princípio parece tomar caminhos nada originais de "soldados de Deus vs. pagãos malígnos" se torna mais difusa no seu decorrer. A idéia cristã, da violência justificada pela salvação, se perde ao notar-se que o fanatismo religioso de ambos os lados só traz crueldade e morte. É uma pena que o diretor não optou por desenvolver tanto as questões éticas e se ateve, em grande parte do filme, a um conflito maniqueísta. Mas mesmo tomando-se o filme apenas pelo que ele é, uma obra simples e direta, ele ainda agrada.

Título em português: Morte Negra

Direção: Christopher Smith
Roteiro: Dario Poloni
Elenco: Sean Bean, Kimberley Nixon, Eddie Redmayne, Carice van Houten, David Warner, Johnny Harris, Tim McInnerny, Emun Elliott, John Lynch, Andy Nyman, Tygo Gernandt.
País: Alemanha
Duração: 98 min


Veja o trailer legendado do filme aqui.


Filme: Parte1 e Parte2
(legendas em português PT-BR inclusas)


OBS: é necessário baixar as duas partes!


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de volta dos mortos...

Depois de mais um ano parado, decidi ressucitar o blog... Amanhã começa a edição 44 do Festival de Sitges e, acompanhando os preparativos, me fez voltar a ter vontade de me dedicar a isso. Em homenagem ao maior evento voltado ao cinema de horror e fantasia, postarei alguns dos filmes da última edição que participaram da mostra competitiva. Sempre com legendas em português.