quarta-feira, 29 de julho de 2009

Night of The Living Dead (1968)

Apesar de ser White Zombie (1932), com Bela Lugosi, quem detém o título de primeiro filme de zumbis, Night of The Living Dead tem um mérito muito maior: definiu todo um subgênero do horror. A pequena produção dirigida por George Romero arrecadou mais de 40 milhões de dólares e estabeleceu as regras para o que viria a ser chamado de zombie apocalypse. Referência básica para os fánaticos do gênero, o filme contou ainda com as não menos lendárias sequências Dawn of The Dead e Day of The Dead, além das recentes Land of The Dead e Diary of The Dead.

Os irmãos Barbra e Johnny vão visitar o túmulo do pai em um cemitério localizado em uma área rural dos EUA. Enquanto Johnny tenta assustar a irmã, uma figura cambaleante se aproxima e os ataca. A partir daí começa a fuga de Barbra. Em meio ao inexplicável caos que rapidamente toma conta da região, os poucos sobreviventes lutam não apenas contra os mortos, mas também entre si mesmos.

Filmado propositalmente em preto-e-branco, o filme faz um grande uso das sombras na criação de uma atmosfera de tensão e medo do desconhecido. Romero, como viria a ser sua marca registrada, se utiliza do horror para tecer comentários sociais. Em uma época de alta tensão política nos EUA, o filme faz paralelos entre o ataque zumbi e a perda da estabilidade social americana. Deixando clara a mensagem: os monstros somos nós mesmos. Além de um grande marco histórico, é um dos filmes mais divertidos dentro do tema. A simplicidade da narrativa e da produção não prejudicam em nada. Pelo contrário, só contribuem ao filme. Na minha opnião, o melhor de Romero.


Título em português: A Noite dos Mortos-Vivos

Direção: George A. Romero
Roteiro: John A. Russo e George A. Romero
Elenco: Duane Jones, Judith O'Dea, Karl Hardman, Marilyn Eastman, Keith Wayne, Judith Ridley, Kyra Schon, Charles Craig, S. William Hinzman, George Kosana.
País: EUA
Duração: 96 minutos


Assista ao trailer do filme aqui


Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)


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terça-feira, 21 de julho de 2009

The Masque of The Red Death (1964)

Em algum lugar na Europa, durante o período da Idade Média, uma praga assola o campo. Milhares de vidas já foram ceifadas pela Morte Vermelha. O príncipe satanista Prospero, protegido da doença em sua fortaleza particular, abriga a nobreza local, deixando o resto da população a morrer do lado de fora. Isolados do mundo, os hóspedes do castelo se entregam à depravações e festividades, criando o ambiente perfeito para Prospero invocar a aparição de seu mestre, Satã. Porém, quem de fato aparece é alguém muito pior.

Dirigido pelo mestre dos filmes-B, Roger Corman, esse filme faz parte do seu ciclo de adaptações das obras de Edgar Allan Poe. Filmado na Inglaterra, a produção, apesar de modesta, é bem mais suntuosa do que algumas de seus trabalhos anteriores. O colorido intenso dos figurinos e cenários colabora para o clima de fantasia em que a história se desenrola, criando um mundo à parte da realidade. Vincent Price interpreta o malígno Prospero de maneira impecável, trazendo todas as atenções para si com todo seu charme teatral. Apesar de não ser um clássico absoluto, é um filme simples, que esbanja estilo e vale a pena ser visto.

Título em português: A Máscara da Morte Rubra

Direção: Roger Corman
Roteiro: Charles Beaumont, R. Wright Campbell (baseado nos contos "The Masque of the Red Death" e "Hop-Frog" de Edgar Allan Poe).
Elenco: Vincent Price, Hazel Court, Jane Asher, David Weston, Nigel Green, Patrick Magee, Paul Whitsun-Jones, Robert Brown, Julian Burton, Skip Martin, Gaye Brown, Verina Greenlaw, Doreen Dawn, Brian Hewlett.
País: Inglaterra
Duração: 90 minutos


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Filme: Megaupload
(legendas em protuguês PT-BR inclusas)


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[HQ] Black Orchid (1988)


Em 1973, a Orquídea Negra fazia sua primeira aparição nas páginas das publicações da DC Comics. Com um certo visual mais dark, remanescente do Batman, ela lutava contra vilões de uma maneira bem típica. 15 anos depois, a DC decide dar uma nova roupagem ao personagem e entrega o projeto nas mãos de Neil Gaiman. Ainda pouco conhecido no mundo dos quadrinhos, o autor que viria a revolucionar o genêro com Sandman no ano seguinte, deu um tratamento de luxo à Orquídea. Com uma narrativa séria e detalhada, Neil Gaiman pôs por terra as convenções clássicas dos quadrinhos ao transformar o arquétipo genérico e clichê do herói, em um conto poético e trágico, onde os riscos e a violência são reais e não há nenhuma certeza moral.

Junto com outros trabalhos marcantes como Dark Knight de Frank Miller e Watchmen de Alan Moore, Neil Gaiman foi peça essencial para a popularização do que ficou conhecido como "quadrinhos para adultos". Nessa publicações, os limites do que era permitido ser publicado se tornaram muito mais abrangentes, dando grande liberdade de criação aos autores e trazendo de vez a noção de arte para os quadrinhos populares. Nos EUA, o grande expoente do subgênero foi a divisão da DC chamada Vertigo, criada em 1993 e resposável por grande parte dos títulos que irão aparecer por esse blog.

Ah, e não se pode também deixar de citar a parte gráfica da revista. Dave McKean, que ficaria conhecido por suas colaborações com Neil Gaiman e pelas incríveis capas de Sandman, tem participação essencial no sucesso de Black Orchid. Sua representação realista das feições dos personagens e o uso de cores intensas em contraste com a ambientação dark, dá a publicação uma qualidade visual incomum aos títulos americanos da época.

Título em português: Orquídea Negra

Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Dave McKean
Edições: 3
Editora: DC Comics
Nº de Páginas: 161


Para quem não tá com o inglês afiado, está aí também a versão traduzida (agradecimentos ao Nerd Somos Nozes), mas já aviso que, apesar de bem maior, a versão original tem uma qualidade muito superior e vem em um lançamento especial com as três edições em uma só.

Revista: Inglês ou Português
(Recomendo o uso do IrfanView para visualizar as imagens de forma rápida e eficiente)

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domingo, 19 de julho de 2009

Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens (1922)

Nove anos antes do lançamento do Dracula da Universal, um pequeno estúdio alemão produz a primeira grande versão cinematográfica da obra de Bram Stoker. Complicações com a obtenção dos direitos autorais levaram a produção a fazer alterações em todos os nomes dos personagens. Assim, Conde Drácula vira Graf Orlok e "vampiros" tornam-se "nosferatus".

Henrik Galeen, responsável por outros roteiros de clássicos do expressionismo alemão como Der Golem e Der Stundent von Prag, teve a árdua tarefa de adaptar a obra. Apesar da trama, em sua essência, ser bem fiel ao livro, personagens segundários como Van Helsing foram deixados de lado. Mas, sem dúvida alguma, o toque mais marcante está na própria concepção do vampiro. Diferentemente da visão charmosa e sedutora que ficou marcada nos filmes seguintes do Drácula (principalmente com Bela Lugosi e Christopher Lee), aqui o conde é uma criatura decididamente repugnante, com feições de roedor e longos dedos. Max Schreck conquistaria uma legião de fãs com sua original e assustadora interpretação do conde.

Dirigido pelo lendário F.W. Murnau (Faust, Der Letzte Mann), o filme alcançou não apenas o sucesso da crítica como também a atenção da viúva de Bram Stoker. Florence Stoker processou o estúdio por violação dos direitos autorais da obra do marido e venceu, fazendo com que boa parte das cópias existentes do filme fossem destruídas e levando o Prana Film à falência. Felizmente, a obra sobreviveu ao ataque e, com o passar dos anos, passou de um filme perdido a uma obra em domínio público. Hoje é tida como um das jóias do cinema mudo expressionista e, possivelmente, a melhor adaptação já feita do romance de Bram Stoker.

Direção: F.W Murnau
Roteiro: Henrik Galeen
Elenco: Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder, Alexander Granach, Georg H. Schnell, Ruth Landshoff, John Gottowt, Gustav Botz, Max Nemetz.
País: Alemanha
Duração: 94 minutos


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Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)


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sábado, 18 de julho de 2009

King Kong (1933)

Um dos grandes marcos do cinema fantástico mundial, King Kong bateu todos os recordes anteriores de bilheteria e praticamente salvou a RKO Studios da falência. O filme rendeu várias sequências, adaptações, séries de TV, e ainda dois remakes. Foi também o principal responsável tanto pela onda japonesa dos kaiju (monstros gigantes como Godzilla), quanto pelos filmes americanos de criaturas mutantes durante a época "atômica", nos anos 50.

Em uma obscura ilha do Oceano Índico, Kong, o gorila gigante, vive em constante conflito com outras criaturas pré-históricas e grotescas. Quando Carl Denham, um diretor americano, visita a ilha em busca de um local exótico para seu novo filme, encontra a criatura e logo muda seus planos. Decide capturá-la e exibi-la em Nova Iorque. E, claro, essa acaba sendo uma decisão desastrosa. Fay Wray, a "rainha do grito", representou o grande papel da sua carreira ao ser levada ao topo do Empire State nas mãos do monstro gigante.

Tecnicamente, King Kong também marcou com seus efeitos especiais em stop motion e uso de miniaturas e truques de câmera em diversas cenas. É também lembrado pela trilha sonora de Max Steiner, sendo uma das primeiras trilhas temáticas escritas para um filme falado.

Direção: Merian C. Cooper e Ernest B.
Schoedsack
Roteiro: James Ashmore Creelman e Ruth Rose (baseado em história de Merian C. Cooper e Edgar Wallace)
Elenco: Fay Wray, Robert Armstrong, Bruce Cabot, Frank Reicher, Sam Hardy, Noble Johnson, Steve Clemente, James Flavin
País: EUA
Duração: 105 minutos


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Filme: Megaupload
(legendas em português PT-BR inclusas)

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it's alive!

Não estamos mortos. Depois de alguns dias de ausência, vou tentar voltar a atualizar o blog pelo menos a cada dois dias. Fim de semestre sempre falta tempo mesmo...