quinta-feira, 25 de junho de 2009

Das Cabinet des Dr. Caligari (1920)

Lançado há quase um século atrás, Das Cabinet des Dr. Caligari permanece, ainda hoje, como um dos marcos do cinema expressionista alemão. O filme conta a história do estranho Dr. Caligari e seu companheiro sonâmbulo chamado Cesare. Ambos chegam à pequena vila alemã de Holstenwall, onde se apresentam em uma feira local sob a premissa de que Cesare - que dorme em uma pequeno caixão - acordará depois de décadas e responderá a qualquer pergunta que o façam acerca do futuro. A apresentação acaba sendo relacionada com os suspeitos assassinatos que ocorreram no mesmo dia pela cidade e a estranha dupla começa a ser investigada pelas autoridades do lugar.

Visto por boa parte da crítica como um dos filmes mais revolucionários e artísticos da época, a obra foi responsável por um novo direcionamento das produções do gênero não só na Alemanha, país onde foi produzido, mas no mundo todo. Causou ainda grandes controvérsias. Principalmente nos Estados Unidos, onde foi aclamado por especialistas devido a sua originalidade, mas recebido com repúdio por boa parte do público em geral. Não só pela estética incomum que possui, mas por se tratar de um trabalho de um país "inimigo", já que as tensões da primeira Guerra Mundial ainda não estavam esquecidas. Aliás, diversas análises do período relacionam a estética expressionista de distorções e ambientações que parecem saídas de pesadelos com o sentimento de terror e desilusão do pós-guerra.

O design macabro da produção, foi feito por pintores alemães, que juntamente com os criadores do filme, buscavam alcançar uma nova forma de narrativa visual, que fazia uso de cenários com ângulos tortos, proporções distorcidas e intensos jogos de luz e sombra. Em alguns momentos, até mesmo as sombras eram pintadas no cenário. Essa característica visual é uma das coisas que mais chamam atenção no filme e foi criada para evocar uma sensação de surrealismo e estranheza. O uso de algumas perspectivas incomuns também renderam certas associações com o cubismo, movimento artístico em voga na época. Por ser um filme mudo, as atuações são típicamente exageradas, criando um clima teatral dramático bem característico do período. Os espaços são completados por uma trilha sonora clássica não menos intensa, que acompanha o espetáculo visual. Decididamente, um dos maiores filmes de todos os tempos, dentro do gênero. Clássico obrigatório.

Título em português: O Gabinete do Dr. Caligari

Direção: Robert Wiene
Roteiro: Hans Janowitz e Carl Meyer
Elenco: Werner Krauss, Conrad Veidt, Friedrich Feher, Lil Dagover, Hans Heinrich von Twardowski, Rudolf Lettinger.
País: Alemanha
Duração: 71 minutos

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terça-feira, 23 de junho de 2009

The Old Dark House (1932)

Durante muito tempo considerado um filme perdido, The Old Dark House só foi relançado ao público depois de 1968. A produção, que conta com a direção de James Whale, foi um tremendo fracasso nos Estados Unidos, recebendo várias críticas negativas e pouco público nos cinemas, que aparentemente não entendiam o sutil humor irônico do diretor. Ainda assim, as críticas modernas são mais favoráveis ao filme, que, na época, só fez sucesso na Inglaterra, terra natal de Whale.

A trama é baseada no romance Benighted, de J. B. Priestley, e se passa no País de Gales. Viajantes, à procura de refúgio de uma tempestade, acabam sendo abrigados na mansão da bizarra família Femm. A situação vai ficando mais surreal e perigosa à medida que novos integrantes da família vão sendo apresentados e o objetivo passa ser apenas sobreviver à noite. Boris Karloff mais uma vez estrela em uma produção da Universal, que conta também com a participação de Ernest Thesiger (o dr. Pretorius de Bride of Frankenstein).

Direção: James Whale
Roteiro: Benn W. Levy
Elenco: Boris Karloff, Melvyn Douglas, Charles Laughton, Lilian Bond, Ernest Thesiger, Eva Moore, Raymond Massey, Gloria Stuart, Elspeth Dudgeon, Brember Wills.
País: EUA
Duração: 71 minutos


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sábado, 20 de junho de 2009

Freaks (1932)

Aos dezesseis anos, Tod Browning realizou o sonho de muitos jovens do mundo: fugiu com o circo que visitava sua cidade. Durante anos, viveu na companhia dos mais exóticos personagens. Ele mesmo personificou desde palhaços a "mortos-vivos", espetáculo em que era enterrado vivo e permanecia dentro de um caixão durante 24 horas. Essa experiência pessoal serviu de inspiração para seu maior trabalho, Freaks, que já era planjeado há quatro anos. Depois do sucesso absoluto de Dracula, o diretor conseguiu carta branca da MGM para iniciar a produção.

Exigindo desde o início atores com deformidades físicas reais, Tod Browning deu um realismo incomum à um mera história de vingança. A trama - baseada em conto de Tod Robbins - fala sobre o relacionamento de uma musa trapezista e um anão, após o mesmo receber uma imensa herança. Depois de realizado o casamento, a trapezista é aceita entre os "freaks" como parte do grupo. Só então ela deixa transparecer sua repugnância pela aparência das atrações circences e seu real amor por outro. A vingança dos traídos, então, é executada da forma mais cruel possível.

Cerca de trinta minutos do filme tiveram que ser cortados devido ao terrível choque causado aos expectadores. Hoje em dia, apenas pouco mais de 1 hora restou do filme e ainda assim percebe-se o quão à frente do tempo ele se mostrava. A recepção foi tão negativa que Browning, no alto de sua carreira antes dessa produção, teve grandes dificuldades de achar trabalho depois dela. Acusado por muitos de explorar as deficiências físicas dos atores como forma de atrair atenção, Browning, deixa claro no filme exatamente o oposto. Ele humaniza as pessoas que muitos viam como monstros e mostra que as verdadeiras "aberrações" as quais o título se refere são a bela trapezista e seu amante, que ridicularizam e enganam a todos. Absolutamente essencial.

Título em português: Monstros

Diretor: Tod Browning
Roteiro: Tod Robbins
Elenco: Wallace Ford, Leila Hyams, Olga Baclanova, Roscoe Ates, Henry Victor, Harry Earles, Daisy Earles, Rose Dione, Daisy Hilton, Violet Hilton, Schlitze, Josephine Joseph, Johnny Eck, Frances O'Connor, Peter Robinson.
País: EUA
Duração: 64 minutos


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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Repo! The Genetic Opera (2008)


Uma mistura de vários gêneros cinematográficos, a ópera-rock Repo! tem uma proposta das mais interessantes. O filme se passa num futuro distópico, onde uma epidemia que causa falência de órgãos mata milhões de pessoas. O caos se forma e as ruas ficam cheias de corpos. Então surge a corporação GeneCo, comandada pela poderosa família Largo, que financia órgãos. Além disso, a empresa vende uma anestesia viciante fabricada com uma substância retirada de cadáveres, o Zydrate, que é pirateado por ladrões de covas. Porém, se os órgãos transplantados não forem pagos, a GeneCo manda um Repo Man buscá-los de volta e ele não fará isso com meios muito cirúgicos. A personagem principal é uma menina de 17 anos que vive presa em casa por causa de sua doença e a super proteção de seu pai e que está relacionada a todo esse mundo obscuro da GeneCo de alguma forma.


O enredo do filme parece bem complicado no início. A forma que eles usaram para explicar essas confusões e conexões é uma espécie de graphic novel feita pelo proprio criador e ator do filme, mesmo assim a história fica com alguns buracos. O filme conta com cenas bem slasher quando o homem Repo vai atrás de suas vítimas. As músicas do filme são boas, tirando o fato de que insistem que atores cantem na maior parte do tempo, o que gera algumas canções meio sem graça. A personagem principal, interpretada por Alex Vega (Spy Kids), é um tanto irritante, com personalidade do tipo Avril Lavigne, e é a mais carente de talentos vocais do elenco, mas talvez fosse essa a proposta. Repo! também conta com a participação de Sarah Brightman, que canta maravilhosamente e a inesperada presença de Paris Hilton. O visual do filme é muito interessante e vale a pena conferir.


Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Darren Smith, Terrance Zdunich
Elenco: Alexa Vega, Paul Sorvino, Anthony Head, Sarah Brightman, Paris Hilton, Bill Moseley, Nivek Ogre, Terrance Zdunich, Sarah Power
País: EUA
Duração: 98 minutos


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terça-feira, 16 de junho de 2009

Dracula (1931)


Quase dez anos depois da primeira versão para o cinema do clássico livro de Bram Stock, a Universal lança esta que seria uma das suas maiores pérolas. Diferentemente do alemão Nosferatu, o filme foi totalmente autorizado pelo autor. Lon Chaney, estrela de várias outras adaptações da Universal, seria chamado para interpretar Drácula, mas o papel acabou nas mãos do até então pouco conhecido Béla Lugosi. O ator já havia interpretado o vampiro em uma peça na Broadway anos antes, portanto foi uma escolha segura da produtora (apesar de contestada por muitos) e, como os anos seguintes provariam, bastante acertada. Seu pesado sotaque húngaro acabaria lendário, sendo para sempre associado à figura do maior vampiro do cinema.

A direção ficou por conta de Tod Browning, já conhecido por seus filmes mudos de horror (The Unholy Three, The Unknown). Aliás, esse período de transição do cinema mudo para o falado é facilmente notado neste filme, evidenciado pelas interpretações muitas vezes exageradas. O roteiro é baseado mais na peça da Broadway, escrita por Hamilton Deane e John L. Balderston, do que no livro em si. Essa, por sua vez, faz diversas alterações na história original, mas mantém as personagens e a linha narrativa básica. Na noite de Walpurgis, Reinfeld encontra-se com Drácula em seu castelo, nos montes Cárpatos. No dia seguinte, ambos embarcam em um navio rumo à Londres. Ao chegar em Londres, a tripulação do navio encontra-se morta e Reinfeld louco. Drácula está à solta pelas ruas da cidade.

O filme ganharia diversas sequências, porém Lugosi só voltaria a interpretar Drácula na comédia Abbott And Costello Meet Frankenstein, de 1948, sendo esse seu último filme de grande porte. Ainda assim, o ator se tornou um ícone do horror, sendo constantemente chamado para interpretar vilões. Sua versão de Drácula é, para muitos ainda hoje, a melhor reencarnação do vampiro nas telas de Hollywood.

Direção: Tod Browning
Roteiro: Garrett Fort
Elenco: Béla Lugosi, Helen Chandler, David Manners, Dwight Frye, Edward van Sloan, Herbert Bunston, Frances Dade, Joan Standing, Charles K. Gerrard.
País: EUA
Duração: 75 minutos


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segunda-feira, 15 de junho de 2009

The Wizard of Oz (1939)


O livro infantil The Wonderful Wizard of Oz de L. Frank Baum inspirou varias adaptações, entre elas a mais marcante foi o filme de 1939 dirigido por Victor Fleming. O filme começa em sépia. A menina Dorothy, interpretada por Judy Garland, mora numa fazenda com sua tia Em e seu tio Henry quando um dia uma enorme tempestade surge. Dorothy se abriga dentro da casa, mas a janela do quarto bate em sua cabeça, deixando-a desacordada na cama. Quando Dorothy acorda, ela percebe que a casa está voando dentro do ciclone. A casa "pousa" no chão e então Dorothy, junto de seu cãozinho Toto, abre a porta para um novo mundo. O filme então se transforma do sépia para totalmente colorido. Quando a menina se admira com a aparência do lugar surge a famosa frase: "Toto, I've a feeling we're not in Kansas any more".

Com todos os personagens incriveis, cores, musicas e efeitos especiais esse filme foi uma grande marca na história do cinema e é, talvez, um dos filmes com mais referências dentro da cultura pop. Mesmo com diversos erros técnicos facilmente notáveis - como a fumaça que aparece antes mesmo da Bruxa entrar em sua marca, cordas visíveis por todos os cantos, entre outros - os efeitos do filme foram muito avançados para a época. Para a filmagem em technicolor todas as cores tinham que ser exageradas para aparecerem e era necessário que usassem tanta luz que o calor do estúdio podia chegar a quase 40ºC.

O filme foi premiado com o Oscar de melhor canção original, por Over The Rainbow, e de melhor trilha sonora. Um verdadeiro clássico, quem ainda não o viu com certeza ficará de fora de muitas piadas de Hollywood.


Título em português: O Mágico de Oz

Direção:Victor Fleming
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton, Charley Grapewin, Pat Walshe, Clara Blandick, Terry, The Singer Midgets.
País: EUA
Duração: 101 minutos


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domingo, 14 de junho de 2009

The Invisible Man (1933)


Baseado no romance de mesmo nome de H.G. Wells, lançado em 1897, o filme continua a tradição da Universal de filmar os clássicos do horror e da ficção científica. James Whale, responsável pela direção de Frankenstein anos antes, marca mais uma vez com The Invisible Man, merecendo uma recomendação especial no Festival de Veneza. O inglês Claude Rains faz sua estréia em solo americano interpretando o Dr. Jack Griffin, que ao descobrir o segredo da invisibilidade acaba enlouquecendo. Originalmente dado a Boris Karloff, Rains ganhou o papel depois de um desentendimento salarial de Karloff com o produtor Carl Laemmle Jr.. Claude Rains aparece na maior parte do tempo ou sob bandagens ou apenas como uma voz sem corpo. Mesmo assim, sua carreira deslanchou após o filme, chegando a receber quatro indicações ao Oscar nos anos seguintes.

Inovador em seus efeitos especiais, o filme passou anos em produção. O grande problema, a exemplo de outras adaptações de livros para o cinema, era com seu roteiro. Diversos tratamentos diferentes foram dados a história, indo desde uma ambientação russa a uma ficção espacial. Felizmente, a versão de R.C. Sherriff foi aceita e é lembrada como uma das mais fiéis ao livro dentre os clássicos da Universal dessa época. H.G. Wells, apesar de insatisfeito com o tratamento dado ao personagem principal, aprovou a obra.

Título em português: O Homem Invisível

Direção: James Whale
Roteiro: R.C. Sherriff, Preston Sturges, Philip Wylie
Elenco: Claude Rains, Gloria Stuart, William Harrigan, Henry Travers, Una O'Connor, Forrester Harvey, Holmes Herbert, E.E. Clive, Dudley Digges.
País: EUA
Duração: 71 minutos

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (2007)


Seguindo o curso comum de um filme musical, a história de Sweeney Todd começa como um livro escrito no século XIX, do qual várias adaptações para o cinema mudo são feitas. Nos anos seguintes, um musical da Broadway com mesmo nome e mais adaptações. O filme de Tim Burton, lançado em 2007, é baseado fielmente no musical.

O filme começa com o barbeiro Benjamin Barker, agora chamado Sweeney Todd, chegando em Londres muitos anos após seu exílio. Acompanhado pelo mocinho Anthony, Todd conta a história trágica de como foi exilado por um juíz chamado Turpin. Os dois se despedem e Sweeney Todd vai a loja da viúva Mrs. Lovett, que conta o terrível destino da esposa de Benjamin Barker: ela se matou com arsênico após sofrer abusos do inescrupuloso juíz Turpin. Irado, Todd se revela e busca vingança. Com a ajuda de Lovett, o barbeiro usa de seu ofício para matança, tendo Turpin como o alvo principal. Enquanto isso, Mrs. Lovett faz tortas com a carne das vítimas. O mocinho, Anthony, se apaixona por Johanna, protegida de Turpin, e que é, na verdade, filha do antigo Benjamin Barker. Ele decide livrar a menina de seu confinamento cruel.

A direção de arte do filme é incrivel (como em todos os filmes de Tim Burton), sendo esse o maior trunfo desse trabalho, ganhando inclusive um Oscar nesse mérito. Os papéis de Sweeney Todd e Mrs. Lovett interpretados por Johnny Depp e Helena Bonham Carter não poderiam ser melhor interpretados por outros atores. A parte musical ganhou um tom mais sombrio e praticamente todas as vozes foram transpostas tons acima, o que fica muito marcado no canto de Jane Wiesener, que faz o papel de Johanna, que chega a agudos extremos. A parte do mocinho é a mais fraca, com a musica mais clichê de todas, dedicada a Johanna, mas esse é o papel meloso que é destinado aos mocinhos. Com certeza é um filme que vale a pena ser visto e revisto.

Título em português: Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Direção: Tim Burton
Roteiro: John Logan
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rockman, Timothy Spall, Sacha Baron Cohen, Jamie Campbell Bower, Laura Michelle Kelly, Jayne Wiesener, Ed Sanders.
País: EUA e Reino Unido
Duração: 116 minutos


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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1931)


Baseado na obra de Robert Louis Stevenson intitulada Strange Case of Dr. Jekyll And Mr Hyde, de 1886, esta já seria a sexta adaptação para o cinema do clássico literário do horror. Aproveitando a onda de sucesso das adaptações do gênero da Universal, a Paramount marcou época com esta produção. O filme acabaria rendendo a Fredric March o oscar de melhor ator por sua interpretação do médico.

Sem dúvida, uma das partes mais marcantes do filme é a transformação do médico em monstro. A cena fez uso de uma elaborada técnica de filtros coloridos e pesada maquiagem para mostrar, em frente as câmeras, a metamorfose monstruosa. Contando com a sorte de ser lançado logo antes da instalação do código de censura estadunidense, o filme pode ser visto, na íntegra, com todas as nuâncias sexuais de Miriam Hopkins, que interpreta a prostituta. Lançado três anos antes de Werewolf of London, a obra é tida como uma das grandes responsáveis pelo fracasso do primeiro filme de lobisomens da Universal, devido à similariedade dos dois.


Título em português:
O Médico e O Monstro

Direção: Rouben Mamoulian
Roteiro: Samuel Hoffenstein, Percy Heath
Elenco: Fredric March, Miriam Hopkins, Rose Hobart, Holmes Herbert, Edgar Norton.
País: EUA
Duração: 98 minutos


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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Teeth (2007)


Dawn O’Keefe é uma colegial e parte de um grupo de jovens cristãos unidos pela abstinência sexual. O que ela ainda não sabe, é que ela na verdade tem um trauma causado por uma experiência infantil com a sua "vagina dentata". Posteriormente, Dawn terá uma experiência sexual com um garoto do mesmo grupo, que a leva para uma caverna à beira de um lago. A menina fica confusa e nervosa e pede para ele parar, mas o garoto força-se para dentro de Dawn. Obviamente, um desastre acontece.


O resto do roteiro vai bem e entretém. O filme lida com uma idéia de evolução. Os dentes da vagina da garota seriam uma evolução da mulher, um mecanismo de defesa contra estupros, pois só são ativados quando a relação não é consensual. Mais tarde, quando ela fica mais consciente de seu "dom", os dentes são ativados por sua vontade propria. Idéia, claro, completamente fantasiosa sobre evolução humana. Outra idéia irreal é o personagem do irmão postiço de Dawn: ele faz o completo vilão-malvado-revoltado-roqueiro-violento e tem dos sentimentos mais estranhos por sua meia-irmã.


O filme foi prestigiado no festival de Sundance com o Grande Prêmio do Juri para a atriz principal Jess Weixler. Misturando horror e comédia, com certeza é um filme divertido e inovador.



Título em português: A Vagina Dentada


Diretor: Mitchell Lichtenstein
Roteiro: Mitchell Lichtenstein
Elenco: Jess Weixler, John Hensley, Josh Pais, Hale Appleman, Lenny Von Dohlen, Vivienne Benesch, Ashley Springer, Julia Garro, Nicole Swahn, Adam Wagner, Doyle Carter.
País: EUA
Duração: 94 minutos


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The Wolf Man (1941)

Mesmo não sendo o primeiro filme da Universal sobre lobisomens e não tendo tanto prestígio imediato quanto outros monster movies da época, The Wolf Man foi muito mais bem-sucedido que seu antecessor, Werewolf of London, lançado 6 anos antes. Interpretado por Lon Chaney, Jr., um dos maiores ícones do cinema de horror, a criatura usa o mesmo conceito explorado no filme anterior: é bípede e se assemelha muito mais a um homem peludo do que a um lobo, como dita a lenda. Aliás, o maior feito do filme foi criar uma mitologia que ficou mais marcada no imaginário popular do que aquela que lhe deu origem. O uso da prata contra lobisomens e a transformação associada a lua cheia foram idéias criadas exclusivamente para o filme e que hoje já parecem "tradicionais".

O roteiro, ao contrário da maioria dos antigos lançamentos da Universal, não é baseado em nenhum conto ou livro e foi criado originalmente para o filme. A história se passa no País de Gales, para onde Larry Talbot viaja depois da morte do seu irmão. Lá, ao visitar um acampamento cigano, ele acaba sendo mordido pelo que acredita ser um lobo, porém logo descobre a verdade. Béla Lugosi, ainda em alta, também aparece no filme como o cigano licantropo chamado ahn... Bela.

Ah, e fiquem de olho que esse ano sai uma remake desse filme com Anthony Hopkins e Benicio del Toro, dirigido por Joe Johnston (Jumanji, The Rocketeer, Honey I Shrunk The Kids).

Título em português: O Lobisomem

Direção: George Waggner
Roteiro: Curt Siodmak
Elenco: Lon Chaney Jr., Béla Lugosi, Claude Rains, Warren William, Ralph Bellamy, Patric Knowles, Maria Ouspenskaya, Evelyn Ankers.
País: EUA
Duração: 70 minutos


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terça-feira, 9 de junho de 2009

Bride of Frankenstein (1935)


Apesar de uma sequência ter sido planejada desde 1931, data do lançamento de Frankenstein, ela demorou cerca de quatro anos para ver a luz do dia, muito em parte devido às constantes recusas do diretor James Whale em aceitar os roteiros que lhe eram dados, mas toda essa demora e preciosismo de Whale valeram a pena. Em 22 de Abril de 1935, Bride of Frankenstein estreava nos cinemas americanos, recebendo, desde então, críticas positivas. Apesar da maioria ainda analisar o filme dentro da ótica do gênero de horror, com o tempo o filme foi ganhando reconhecimento fora do gênero e hoje em dia é lembrado como um dos grandes filmes da década de 30, reconhecido pela Time como um dos 100 melhores filmes de todos os tempos.

Boris Kaloff e Colin Clive reprisaram seu papeis como criatura e criador, respectivamente. E, apesar da reprovação inicial de Karloff, a idéia de fazer o monstro falar foi aprovada por James Whale. O roteiro faz uso de um episódio do livro original onde o Dr. Henry Frankenstein constrói uma companheira para o monstro, mas a destrói antes mesmo de trazê-la a vida. No filme, incentivado pelo velho mentor de Henry Frankenstein, Dr. Septimus Pretorius, o monstro força o doutor a criar uma noiva para si ou mataria a própria noiva de Henry Frankenstein, caso contrariado. Originalmente entitulado The Return of Frankenstein, o título acabou mudando antes de ser lançado, contribuindo para a confusão popular de que Frankenstein é o nome do monstro e não do cientista que o criou.

Título em português: A Noiva de Frankenstein

Direção: James Whale
Roteiro: William Hurlbut
Elenco: Boris Karloff, Colin Clive, Valerie Hobson, Ernest Thesiger, Elsa Lanchester, Una O'Connor.
Música: Franz Waxman
País: EUA
Duração: 75 minutos


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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Frankenstein (1931)

Apenas nove meses depois do lançamento de Dracula, um dos marcos do horror da Universal Pictures, é lançado Frankenstein. Baseado no livro de Mary Shelley, foi dirigido por James Whale, que viria a ficar conhecido por seus filmes de terror (The Old Dark House, The Invisible Man, Bride of Frankenstein).

Na verdade, o filme é mais inspirado do que baseado no livro, já que existem mais diferenças do que semelhanças no roteiro, mas isso não impediu que ele se tornasse em um dos clássicos do gênero. Originalmente oferecido à Béla Lugosi, no auge de sua fama pós-Drácula, o papel do monstro ficou imortalizado por Boris Karloff, que voltaria a interpretá-lo nas sequências Bride of Frankenstein e Son of Frankenstein.

Direção: James Whale
Roteiro: Francis Edward Faragoh, Garrett Fort
Elenco: Boris Karloff, Mae Clarke, Colin Clive, John Boles, Edward van Sloan, Frederick Kerr, Dwight Frye, Lionel Belmore, Marilyn Harris.
País: EUA
Duração: 71 minutos

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